quarta-feira, 22 de junho de 2011

Disciplina do corpo - parte 2 (final)

O PREÇO DA DISCIPLINA

O preço na era da comida rápida, do forno de microondas, do controle-remoto, do `` tudo-pronto´´, da mordomia, da obesidade, da preguiça e da autopreservação. Mas, para conquistar uma geração tão numerosa quanto a nossa, necessitamos de homens que estejam dispostos a vencer a preguiça, a autopreservação, o sono e a moleza; precisamos de cristãos que se posicionem e disciplinem o corpo a fim de terem disposição para obedecer ao Espírito, fazer a vontade de Deus, enfrentar a guerra e vencer.


Satanás sabe que, quando uma geração assim se levanta, seus interesses são prejudicados. Por isso, ele cria e oferece uma série de facilidades para, através delas, tentar nos prender e impedir que exerçamos domínio sobre nosso corpo.


Paulo usa o exemplo de uma corrida para explicar como podemos dominar o corpo para servimos a Deus (1Co9:23-27). Mesmo que não saibamos, todos nós estamos correndo. Só nos resta saber em qual corrida: na do mundo – do ego e da alma - , ou na corrida do reino – das vidas e do espírito.


No verso 25 da mesma carta, ele faz uma analogia entre cristãos e os atletas de uma olimpíada, enfatizando a disciplina necessária àquelas que almejam a vitória. Um atleta profissional chega a treinar oito ou dez horas por dia; controla sua alimentação, suas atividades e o tempo de descanso durante o período de preparação para uma competição. Há um treinamento duro, pois ele está se preparando para um grande campeonato e, por isso precisa impor e respeitar severas regras de conduta nesse período, caso contrário, será desclassificado ao final da corrida. Se ele não tiver feito tudo que precisava ser feito durante o tempo de treinamento, não chegará à reta final movido unicamente pelo seu desejo. É impossível.


Muitas vezes, nós também somos assim – tiramos férias de Deus, da oração, da leitura da Palavra e ainda queremos ganhar a corrida. Porém, se somos competidores e estamos correndo para alcançar o prêmio, assim como um atleta que em tudo se domina, temos que ter controle absoluto sobre nosso corpo. Isso significa que não podemos nos permitir atender às exigências excessivas; sua liberdade precisa ser cortada.


Somos atletas e queremos correr para alcançar a vitória, mas sabemos que nem todos ganharão o prêmio. Porém , isso não quer dizer que as vagas para vencedores no céu sejam limitadas; não significa que uns ganharão de outros, mas, sim, que aqueles que perseverarem até o fim e se tornarem vencedores, entrarão no reino.


Na verdade, todos nós deveríamos ser vencedores, mas, quando Paulo fala que nem todos alcançam o prêmio, não é porque não podem, mas porque não querem pagar o preço de serem vencedores. Temos o mesmo Espírito Santo e a mesma Palavra, sabemos o caminho a trilhar, mas nem todos entram por ele e, por isso, perdem a chance de serem vencedores.


Um atleta que está treinando impõe limites ao seu corpo no que eu se refere às suas necessidades físicas básicas, como quantidade de comida, bebida e tempo de sono. O único propósito de estarmos nessa ``olimpíada´´ é vencer a corrida, por isso, quando nosso corpo faz suas exigências, cabe a nós dar a ele apenas aquilo que é necessário. Se o momento é de estudar a Palavra e o corpo reclama que está com fome, podemos resolver permanecer para receber o pão de Deus ou sair para comer a comida do mundo. Nós decidimos quem manda e qual o nosso propósito: ganhar a corrida ou sermos donos da nossa vida. Paulo diz claramente que é o Espírito quem deve dominar tais coisas.


Se há uma disciplina tão rígida para que os atletas ganhem uma medalha que não tem valor algum, será que não devemos nos disciplinar muito mais para ganhar uma coroa incorruptível? Atletas gastam a vida inteira, apostam todo o seu futuro e sua saúde correndo atrás de medalhas e troféus dos quais ninguém mais lembrará, que afetarão a vida de ninguém.


Nós, entretanto, não estamos correndo uma corrida natural, mas espiritual. Nossa vida aqui é passageira, em breve estaremos partindo, ou por morte ou por arrebatamento e, honestamente, creio que será por arrebatamento, mas só quem vencer a corrida subirá. Aqueles que preferirem não correr para vencer ficarão, por isso, sejamos firmes com nosso corpo para que alcancemos a vitória.


A respeito de si, Paulo dizia que lutava com uma meta muito bem definida (1Co9:26). Ele não estava correndo à toa, ao contrário, sabia muito bem o que deveria ser feito e por que. Por isso mantinha seu corpo sob controle para poder vencer: ``Mas esmurro o meu corpo e o reduzo a escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.´´ (v.27)


Em minha vida, procuro seguir o exemplo de Paulo e não jejuo por acaso, não durmo pouco por acaso, não abro mão de comer por acaso, não me disciplino e me esmurro à toa. Às vezes, em meus períodos jejum, tenho dificuldade para me levantar da cama, de barriga vazia, e ir orar. Mas, cerro os punhos, me levanto e digo: ``Vou orar!´´, pois estou numa corrida, tenho um propósito e quero ser vencedor.


Vou avante, não julgo ter alcançado, mas faço uma coisa: a cada dia morro e decido continuar nessa batalha até estar preparado para o dia em que o Senhor vier. Devemos ir avante e não permitir que nosso corpo faça exigências excessivas. Ele não está na corrida para satisfazer a si mesmo, mas para correr, cooperar, avançar e vencer.


Agora, se não temos domínio sobre nosso corpo, como teremos domínio sobre algum demônio, sobre o mundo espiritual? Se não somos capazes nem de jejuar por um dia quando decidimos fazê-lo, ou de vencer o sono e acordar mais cedo para orar e ler a bíblia, ou se não conseguimos orar nem por uma hora, vamos vencer o quê?


Há irmãos que não conseguem ficar sem café, refrigerante ou chocolate, pois sentem dor de cabeça, tremores e, então, não jejuam. Porém, a Palavra de Deus diz que, se algo nos faz pecar, deve ser cortado, arrancado de nossa vida, a fim de sermos livres para servir ao nosso Senhor, pois só Ele é Deus. Nada, deve dominar nossa vida, pois, se não formos capazes de sujeitar o próprio corpo, não venceremos coisa alguma!


Se não dominamos nosso corpo, não estamos aptos a exercer autoridade sobre nada mais amplo. Podemos até amar a obra de Deus, mas sem domínio-próprio, isso será de pouco proveito, pois ela é muito mais abrangente que uma simples pregação em uma reunião, e edificá-la exige muito de nós.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Disciplina do corpo - parte 1

Vou iniciar o mês de junho falando sobre a importância da disciplina do corpo na sua vida cristã. Compartilhe testemunhos.


Por que devo disciplinar o meu corpo? Somos integrantes do reino, desejamos ser vencedores e queremos ver a obra de Deus avançar. Mas, precisamos entender que homens e mulheres de Deus, verdadeiramente vencedores, são aqueles que fazem tudo por causa do evangelho:


Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele. Não sabeis vós que os que corem no estádio, todos, na verdade, correm, mas só um leva o premio. Correi de tal maneira que o alcanceis.Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível. Assim também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo ‘a escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado. (1Co 9:23-27)


Esse é o ponto central. Será que, de fato, fazemos tudo por causa do evangelho? Se dizemos que somos vencedores, que seremos arrebatados antes da tribulação, que reinaremos com Cristo durante o milênio e não entraremos em disciplina, então temos que aprender a fazer tudo por causa do evangelho. Isso não é para pessoas imaturas, mas apenas para aqueles que realmente querem levar a obra de Deus a sério e trazer o Seu governo nesta terra, estabelecer Seu reino, expressar a Sua glória, mover na unção do Espírito e conquistar uma geração.


Ao ler Apocalipse 1:6, vemos que Jesus “nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai", portanto, somos ministros de Deus, sacerdotes do Senhor, assim como o próprio Paulo afirmava ser.


Ele estava disposto a fazer e enfrentar tudo porque era ministro de Deus. Por isso, ele tomou uma dura atitude para consigo e nos mostrou isso ao dizer “esmurro o meu corpo e o reduzo ‘a escravidão, para que [...] não venha eu mesmo a ser desqualificado”. Para que pudesse avançar, Paulo dominou seu corpo, fez dele um servo.

Faça você também!


Aguardem as próximas mensagens!

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